Sunday, December 10, 2006

Caminhar trôpego por entre pontes,
Ruas escondidas,
Casas vazias…

Seguindo o respirar de algo,
Alguém,
Ou nada…

Perseguindo o peito do sonhador,
Ou da sua triste derrocada…

Caminhando sob a dor da alegria,
Ou da morte matada…

Ouvindo o respirar ofegante da alegria,
Do prazer,
Ou então nada…

Cantando à estrela mais brilhante,
Sirius, senhor meu Sol…

Rogando preces ao Deus maior,
Ateu convicto,
Perdido na crença do nada…

Suicídio consumado do meu Ser,
Em tua alma…
É a morte do nosso amor...
Have a good life my heart...

No more words…
20:53h

Wednesday, December 06, 2006

Perdição

Parto rumo à Perdição
À viagem do desespero
Rumo a ti, caminho perdido
Mas pelo tamanho da estrada…
Já não espero regressar.

E nesta ida Solidão
Nada vejo, além do sonhador turbulento
Indefinida suavidade do que cri… em tempos
Pelo completar da metade abandonada

Mas agora a estrada foi… tu fugiste
E eu não te agarrei como sentia
No fim tudo ficou perdido,
Afinal a perdição era eu…
4/12/2006

Monday, November 13, 2006

(Houve um dia em que me pediram que escrevesse um texto direccionado a mim… na altura não soube como o fazer, não sabia como o sentir… mas as coisas mudam e infelizmente algumas perdem-se pelo caminho…)


Perdeste-te pelo caminho que percorro em busca da felicidade… perdeste-te e parece que não mais fazes parte dele… já nem te sinto aqui… estás mais longe que a distância, mas perdida que o tempo… estás algures onde a eternidade se findou… ficaste lá, não saltaste de vida, nem o tentaste sequer fazer… mas saltei eu… não sei se caiu… não sei se sobrevivo à queda, nem sei se era isto que queria… mas saltei…
(Talvez nem estejas tão perdida quanto eu… julgas estar, eu sei que sim, talvez não entendas a realidade da minha vida, talvez não percebas as prioridades que se te opõem)
Saltei e alterei tudo num momento… já não te sinto e talvez nunca te volte a tocar… eras parte de um sonho… eras tudo menos tempo perdido… mas agora tudo parece diferente, já não moras cá… pois existem coisas que se perdem pelo caminho…

Wednesday, October 18, 2006

Baldio terreno do inconsciente consumidor de almas que me carrega às costas, feito mercador de carne…
Consumidor lamurial que me faz divagar pelas paredes enterradas no meu corpo pecador… que faz erguer braços ao céu questionando a razão do tão esperado azul ser vermelho perante a turbulência dos meus olhos…
Mas o céu de pulsos cortados ignoro-me a suplica, amordaçou-me a carne e roubou-me a lucidez …
"Words like violence
Break the silence"
"Feelings are intense
Words are trivial"
BATE-ME
MATA-ME
ENTERRA-ME
IMORTALIZA-ME
MATA-ME DE NOVO

Mata-me de novo para poderes reabrir as feridas que gritam de dor por estarem soltas… que jorram sangue… que vertem alma… e que te choram…

Que te choram
.
.
.
Que te perdem
.
.
.
Que te morrem
.
.
.

Friday, October 13, 2006

"Hoje não foi dia"

Tuesday, October 10, 2006

09 /10/2006
Abre-se a janela descritiva do meu pensamento e lá estás tu...
De olhos postos no mar, recolhendo a sua sonoridade para tom. Ser despido de roupa que te cobre. Não alto... grandioso.
De cabelo raiado pelo Sol que reflecte luz no mar dos teus olhos... castanho de Sol. E Sorris, de sorriso traçado no rosto de Lua...
Rosto de Lua com olhar de Mar e cabelo solar... És o eclipse, minha amiga...

Feliz Aniversário :)

Thursday, September 28, 2006

PORQUE OS ANJOS TAMBEM FAZEM ANOS
Feliz Aniversário menino

Tuesday, September 26, 2006

Venda da Saudade


Intensidade desta vontade
Que nos olhos me tatuou
A velha venda da saudade
Que um dia me abandonou

E sem venda obstrutora do olhar
Vi a verdade cravada na visão
Estava sem ti, já nem sabia amar
Volta p´ra mim, minha ilusão

E és tu que te estás a fazer notar
Ilusão coberta de verdade
Já sinto em mim teu respirar
Meu amor, traz-me, por favor, a velha venda da saudade!

Monday, September 25, 2006

Dia Internacional da PAZ
21 de Setembro
Para que isto nunca passe despercebido, para que nunca seja esquecido...
“cultivar as defesas da paz no espírito dos homens pois é no espírito dos homens que as guerras nascem"

Saturday, September 16, 2006


Coisas em meu quarto


Pouca luz
Falta de esperança
Uma solidão de cortar a respiração
Um espelho para ser obrigada a recordar quem sou
Uma janela de pouca serventia
Uma porta geralmente fechada
Lágrimas secas
Um coração partido
Uma alma em fogo
A vontade de fugir
Uma grande melancolia
O barulho desesperante de um coração a bater
Um respirar sem vontade de viver
Um corpo que ninguém vê, mas que todos criticam
Uma memoria que nada recorda
Uma recordação de que ninguém se lembra
Um espírito encurralado
Uma sensação de desespero
Um fio de vida (já cortado)
Uma imagem do passado
Uma carta por escrever
Um choro que rasga o céu,
Mas que ninguém parece ouvir
Um grito de misericórdia para com um surdo
Uma réstia de luz para quem é cego

E no meio de tanta beleza...
Estou eu:

Um coração que já bateu
Uma alma perdida
Alguém de que se fala,
Mas de que ninguém se lembra
Uma vontade de desistir,
E um último suspiro que não o permite
Uma face de lágrimas secas
Uma ferida que teima em não fechar
Um ser incompreendido, que nem eu própria compreendo
Sofrendo em silêncio...


(long time ago...)
Frase do dia: "Para cada prisão, mil liberdades." - The Eternal Spectator

Friday, September 15, 2006

Não há flores aqui. Apenas o jardim de memórias, memórias de uma segurança perdida no tempo, segurança que me foi tirada pela água, que me roubou o sol, que te tirou de mim, que te fez não voltar, que me fez ir contigo por entre a espuma do mar. Éramos só nós, tu e eu. Uma família de dois, uma felicidade cruzada. E agora, o que somos? Um casal? Só eu? E tu, onde estás? Não voltaste, foste com o mar e não regressaste. E agora, faço o quê? Apaixono-me pelo mar?
Frase do Dia: "Porque te escondes atrás desse estupido fato de coelho?
E tu, porque te escondes atrás desse estupido fato de homem?"
Donnie Darko

Thursday, September 14, 2006

Onde andas?
Tenho medo...
Tenho medo de um dia ficar sem ti...
De te perder para o caminho...
De não ser o que sou em ti...
Onde andas?

Olho o rio rastejante que escorre por entre as quebras do teu rosto, rio que nem cascata, desce pelo pescoço, cai no chão gelado, desfragmenta-se como cortado, sonoridade poética do teu respirar ofegante.
E procuro saber a razão de tudo isso...
Porque choras?
“Por amor de Deus, responde-me, ó tu, cujo olhar feriu o meu coração.”


24/07/2006

Wednesday, September 13, 2006

Estás ai, sempre ai, debaixo de um céu que chove... mas sem chuva... vejo-te... olho-te... sinto-te... ou não estás...
Serão sonhos meus?
Que sejam sonhos, porque sonhos vivem mais que o carnal... só sonhos vivem... só sonhos morrem... e eu sem ti morro... morro de dor... morro de medo... morro de saudade... morro de amor, e amor é doença já dizia Pessoa... mas morro de morte por não te ver... és veneno talvez... morte de meu ser.
E vejo e revejo esse céu sem cor, essa chuva de dor que cai como desalento abandonado. E tu continuas ai...e eu continuo a te ver... olhar... sentir... mas não te encontro... e tu continuas a ser a minha visão mais sagrada... mais profana... o sonho mais oriundo da alma... e desfragmento todo o corpo para te atingir, mas pareces fugir...e eu choro...

Mas como posso eu chorar a falta daquilo que nunca foi meu?...


12/07/2006
2:23 a.m.
(Dois meses e um dia passados)

*Podemos viver ali?*
Sinto que hoje foi Dia... nasceu o Sol nos meus olhos dormentes... ainda era Noite e a luz já me raiava o olhar...
Mas foi Dia hoje... foi Dia porque o fizeste ser.
Estava inerte, ainda, e pensava em ti... de iniciativa própria se fazia Dia em mim.

Dia de Ti.
Hoje foi Dia de Ti.
Dia de Eternidade (talvez seja melhor assim).
Ou então Dia de Nós...
Mas como nós somos a eternidade...
Hoje foi...
Dia da Nossa Eternidade.
Era já dia feito e tu desceste o degrau viajante... chegaste até mim, olhaste os olhos que horas antes haviam sido abertos de rompante por um Dia inaugurado ainda durante a Noite.
Chegaste...
Ficaste...
E foste...
Vi-te partir de sorriso nos lábios, caso rompesse tempestade pelo meu rosto... e tu sorrias como se me dissesses “Até já Amor”... olhava pelo vidro que o Sol ofuscava... e lá estavas... e lá ias... no banco de trás.
De peito feito Vampiro de água, de coração tímido e pés aparafusados ao chão... nada fiz para não te deixar ir.
Pestanejava na tentativa de não chorar... não teria nem conseguido responder se me perguntassem as horas...

13/09/2006
2:21 a.m.
WELCOME

E de olhos postos no papel se dá inicio ao Write In Peace.
Escritos já pensados, escritos desenhados, escritos não pensados, escritos inaugurados e também escritos matados...
Tudo o que me corre em rodapé pelo olhar...
Todos os gritos de socorro pelos dedos cantados...

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